Textos por Dana Gerhardt
Investigação sobre Vénus, Primeira Parte
12.04.2013Intimidade lunar
Posições actuais dos planetas
28-Abr-2025, 06:18
UT/GMT
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| Sol | 8 | 13' 6" | 14n15 | ||
| Lua | 14 | 38'17" | 19n53 | ||
| Mercúrio | 11 | 55'27" | 2n05 | ||
| Vênus | 28 | 42'28" | 0n55 | ||
| Marte | 4 | 20'59" | 21n10 | ||
| Júpiter | 20 | 49'30" | 22n53 | ||
| Saturno | 27 | 34' 4" | 2s48 | ||
| Urano | 26 | 9'47" | 19n05 | ||
| Netuno | 1 | 0'37" | 0s46 | ||
| Plutão | 3 | 48'32" | 22s44 | ||
| Nodo Lun.true | 26 | 45'48"r | 1s17 | ||
| Quíron | 23 | 54'48" | 9n59 | ||
| Explicação dos símbolos | |||||
| Mapa do momento | |||||
Quem é de facto Vénus? Ela é mais do que absoluta feminilidade. Ela preside a muitas das coisas boas da vida. É claro que ela é a rapariga feliz e perfeita do anúncio de cerveja. Mas ela é também a gota sensual de chocolate, o riso saudável e despreocupado. Ela é um colar de diamantes, uma tarde deliciosamente preguiçosa.
Eu esperava que respondessem uma dúzia, quiçá vinte ou trinta almas destemidas. Esse número decerto diminuiria mal vissem o meu questionário com 32 perguntas abertas que exploram todas as facetas da vivência de Vénus - amor, relacionamentos, gostos estéticos, criatividade, finanças, sexo, mágoas e felicidade.
Quem é de facto Vénus? Ela é mais do que absoluta feminilidade. Ela preside a muitas das coisas boas da vida. É claro que ela é a rapariga feliz e perfeita do anúncio de cerveja. Mas ela é também a gota sensual de chocolate, o riso saudável e despreocupado. Ela é um colar de diamantes, uma tarde deliciosamente preguiçosa.
Na astrologia, assim como na vida, o local de nascimento de uma pessoa tem um poder formador. O momento do seu nascimento organiza os planetas em signos e graus. O local do seu nascimento coloca-os em casas específicas. Isso confere a você uma cidadania celestial diferente daquela de uma pessoa nascida no mesmo momento em outra parte do mundo.
Quando se está discutindo a Casa 2, há que se falar de dinheiro. Porém, na maioria dos círculos espiritualistas, dinheiro é uma palavra suja. Desejá-lo é uma afronta ao espírito, e decididamente fora de moda (exceto, é claro, para aqueles professores espirituais cujas mãos estão sempre abertas para doações).
A Casa 3 rege os irmãos, os vizinhos, as viagens curtas, a escola primária, a aquisição e o uso da linguagem. Mas por trás dessas palavras-chave há um mistério profundo: nossa dança de desenvolvimento fundamentalmente humana — de curiosidade, imitação e comunicação, de adaptarmo-nos e conectarmo-nos com o nosso mundo imediato. Não é tanto uma casa de "coisas"; é mais uma zona de atividade.
É na Casa 4 que vamos parar quando desmoronamos. Ela rege o lar e a família, os ancestrais e a terra natal. Ela propicia um retiro literal. Se forçarmos demais a nossa própria barra, é provável que tenhamos que ficar em casa, acamados. Se sofrermos uma perda devastadora, poderemos bater à porta de um membro da família, pedindo que nos acolha.
Se você viu o filme Chocolate, vai entender um problema essencial com a Casa 5. Essa é a casa da alegria e da autoexpressão espontânea. É a casa do risco, da criatividade, das crianças e do amor. Há uma simplicidade e inocência nessa casa que se revela no prazer irrefreado de estar vivo. O que poderia haver de errado nisso? Essa é a casa pela qual muita gente tem curiosidade quando marca leituras de mapa: "Há um romance à vista?", "Um filho será concebido?", "Um projeto criativo se concretizará?". O fascínio pelo território da Casa 5 é inegável.
Anna Lee foi uma das minhas primeiras clientes. Respirei fundo quando vi o seu mapa. Ela tinha 6 planetas na Casa 6: Sol, Vênus, Mercúrio, Plutão e Urano. Como se isso não bastasse, estavam todos em Virgem, o signo natural dessa casa. Para a minha mente de iniciante, essa informação saltou da página com pontos de exclamação.
Uma regra de ouro é que qualquer indivíduo que provoque em nós uma forte resposta emocional, que nos afete, involuntariamente nos convidou para uma dança de sombra com a nossa Casa 7. Preste atenção. Tome distância das suas queixas e estude-as.
Escrever sobre a Casa 8 não é fácil. "Afinal de contas," diz minha amiga Geraldine, "quem é que realmente se sente à vontade para falar de suas experiências de amor, morte e sexo a não ser com quem se tem intimidade?".
Aqui, sentimo-nos aventureiros e livres. A 9 contém nossos Alpes pessoais, onde o espírito se eleva, a mente se expande, e a vida adquire novo significado. A 9 nos leva a territórios não explorados e nos presenteia com novas perspectivas. Ela rege as viagens para lugares longínquos, a educação superior, a religião, a filosofia, o misticismo, a adivinhação.
Toda casa astrológica tem sua angústia secreta. A da Casa 10 é o fracasso, a descoberta de não termos realizado os nossos sonhos. Nunca me esquecerei da deprimente confissão de um de meus professores do ensino médio, o que tinha uma educação jesuíta impressionante e o hálito sempre cheirando ligeiramente a álcool.
A 11 é a casa dos amigos. Oposta à 5, aquele tanque de areia de inocência infantil e fantasias do quão especiais nós somos, a casa 11 descreve a nossa primeira experiência de sociedade tribal, o playground onde conhecemos o mundo.
Ao longo dos anos, tenho sido mais consultada sobre a 12 do que qualquer outra casa. Os que me escrevem estão geralmente angustiados. Às vezes, são novos na astrologia e entram em pânico ao saber que têm planetas aqui: "Ouvi dizer que a 12 é uma casa terrível. Estou condenado?”
As pessoas perguntam-me frequentemente porque dediquei tanto estudo às fases da Lua. Inicialmente foi um acto de insegurança. Eu imaginava que as fases da Lua fossem um assunto conhecido de todos os astrólogos, excepto eu.
A astrologia pode ajudar, mas também pode tornar-nos pretensiosos. Sabemos quando é Lua Nova. Ainda por cima, temos mapas da Lua Nova que nos podem dizer o que está para vir. Podemos energizar novos objetivos coordenando-os com a casa nos nossos mapas onde a Lua Nova irá ocorrer. Eu costumava favorecer especialmente a abordagem dos objetivos. Então num ciclo de Aquário tive a minha paga e o meu paradigma mudou.
As coisas acomodaram-se desde a excitação da lua nova. Pode até parecer que pouca coisa acontece. Todavia, as escolhas que fazemos na lua crescente têm efeito profundo. Em última análise, elas incitam o mistério sutil que explica por que nossas vidas não mudam, mesmo que juremos querer o contrário.

